Onde bateu a luz | Philip Yancey

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Onde bateu a luz apresenta uma narrativa autobiográfica peculiar de Philip Yancey, reconhecidamente um dos maiores escritores cristãos da atualidade. Seu ambiente é uma América do pós-guerra em ebulição, em que o fundamentalismo religioso e o movimento dos direitos civis colidem.

Nesse contexto convulsionado, a perda prematura do pai mergulha a família em uma crise sem precedentes. A compreensão das atitudes extremas, e até mesmo hostis, de sua mãe em sua criação e na de seu irmão vem apenas anos mais tarde, quando Yancey, já na faculdade, descobre o verdadeiro motivo da morte de seu pai, o que aguça seu interesse por investigar o passado mais detalhadamente.

Nessa busca por respostas, Yancey mergulha nas origens da família, levando-nos em uma viagem evocativa do interior do Cinturão Bíblico às movimentadas ruas da Filadélfia, de parques de trailers a santuários de igrejas, de familiares excêntricos a pregadores de fogo e enxofre, e do despertar da infância através da natureza, da música e da literatura.

Sobre o Autor

Philip Yancey é autor de 25 livros, entre eles Alma sobrevivente , Decepcionado com Deus e O eclipse da graça , publicados pela Mundo Cristão. Recebeu treze vezes o Gold Medallion Book Awards, que premia autores cristãos de destaque. Suas obras já venderam mais de 17 milhões de exemplares e foram publicadas em mais de 50 línguas em todo o mundo. Como jornalista, já contribuiu com veículos como The New York Times , The Atlantic e Christianity Today . Atualmente, vive com sua esposa, Janet, em Evergreen, Colorado.

Trecho. © Reimpressão autorizada. Todos os direitos reservados

Minha namorada, que depois se tornará minha esposa, está fazendo sua primeira visita a Atlanta, minha cidade natal, no início de 1968. Demos uma passadinha na casa de meus avós com minha mãe, fizemos um lanche e fomos para a sala de visitas. Meus avós estão sentados em duas poltronas reclináveis iguais em frente ao sofá estofado onde Janet e eu estamos. Ouve-se ao fundo uma televisão ligada baixinho, sintonizada no sempre chato Lawrence Welk Show .

Normalmente meu avô octogenário ronca durante o programa, acordando apenas a tempo de declarar: “Melhor programa que já vi!”. Esta noite, porém, todo mundo está bem desperto, concentrando sua atenção em Janet. Philip nunca trouxe uma garota aqui ― deve ser coisa séria.

A conversa acontece de um jeito esquisito até que Janet diz: “Contem-me alguma coisa sobre a família Yancey. Lamento não ter podido conhecer o pai de Philip”. Entusiasmada com o interesse dela, minha avó procura num gabinete onde apanha alguns álbuns de fotografias e de recortes. Enquanto as páginas vão virando, Janet tenta guardar direito todos os nomes e rostos que vão passando diante dela. Esse ancestral lutou pela Confederação na Guerra Civil. Essa prima distante morreu de uma picada de uma aranha viúva-negra. O pai dela sucumbiu à gripe espanhola.

De repente um recorte dobrado do The Atlanta Constitution cai do álbum esvoaçando para o chão, um papel de jornal amarelado pelo tempo. Quando me inclino para apanhá-lo, uma foto que nunca vi prende meu olhar.

Um homem deitado de costas num leito hospitalar, seu corpo penosamente mirrado, a cabeça apoiada sobre travesseiros. Ao lado dele, uma senhora sorridente se curva para alimentá-lo com uma colher. De imediato a reconheço como uma versão jovem e mais esbelta de minha mãe: o mesmo nariz saliente, o mesmo volume de cabelos negros, encrespados, com um traço prematuro das rugas de preocupação que agora sulcam sua testa.

A legenda da foto me faz congelar: “Vítima da pólio e esposa rejeitam ‘pulmão de aço’”. Aproximo mais o papel e bloqueio o rumor da conversa da família. As palavras impressas parecem ficar maiores à medida que vou lendo.

Um ministro batista de 23 anos de idade, que foi afetado pela pólio dois meses atrás, abandonou o “pulmão de aço” em que foi colocado no Hospital Grady porque, como ele afirma, “Acredito que o Senhor quis que eu fizesse isso”.

O Rev. Marshall Yancey, da Rodovia Poole Creek, 436, Hapeville, disse que cerca de 5.000 pessoas da Geórgia até a Califórnia estavam orando pela sua recuperação, e ele estava confiante que estaria bem “em breve”.

Ele assinou sua própria alta do Grady, contrariando o parecer dos médicos.

Aquelas cinco palavras, contrariando o parecer dos médicos , produzem um calafrio no meu corpo, como se alguém me houvesse despejado água gelada espinha abaixo. Percebendo a mudança, Janet olha para mim intrigada, a sobrancelha esquerda tão arqueada que toca sua franja. Passo-lhe discretamente o recorte para que ela também possa ler.

O repórter do jornal cita um médico do Hospital Memorial Grady advertindo que a remoção do respirador “pode causar graves danos”, seguido por um quiroprático garantindo que o paciente está “definitivamente melhorando” e pode começar a andar em seis semanas se continuar o programa de tratamento deles.

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